Denise/Doulgas/Luana realizaram um trabalho impressionante, creio que já recebeu. Quanto a mim e Ana Cláudia, o período da manhã costuma ser "quente". São muitos alunos e muitos professores o que potencializa os momentos de observação e diminui as intervenções diretas. Estamos tendo um contato próximo com alguns docentes que estão nos auxiliando no trabalho de análise dos comportamentos sociais no colégio. Destaco a Prof.ª Janaína (Informática), o Prof.º João Júlio (Ed. Física), o Prof.º João Geraldo (Ed. Física) e o Prof.º Eder (Filosofia). Nesta sexta-feira, por exemplo, houve até uma espécie de sobrecarga de informações, já que fomos conhecer (ficamos uns 10 minutos) numa das salas mais problemáticas do colégio (1º Mecatrônica) através da Prof.ª Janaína, que estava antecipando a aula. Percebemos que realmente é uma tarefa complicada controlar uma sala com maioria masculina (apenas uma menina) com muitos problemas individuais/sociais aglutinados. Todavia, eles nos receberam bem! Tem inclusive um transexual na sala, que provavelmente teremos que “afunilar o olhar”, pois tem sido constante alvo de bullying no ambiente escolar. Aliás, a questão da sexualidade é temática fundamental para ser discutida e aprofundada. O Prof.º Eder enfatizou muito esta necessidade dos alunos, que não é atendida nem parcialmente. Creio que para temas como esse necessitaríamos de um profissional especializado, um psicólogo que direcionasse a discussão. O que contribuiria para nossas discussões sociológicas acerca das diferenças. A Prof.ª Vani, que nos acompanha em todos estes eventos nos auxilia com sua inegável experiência no “chão da escola” e com uma sensibilidade que muitos docentes com sua experiência já perderam. Se sentem cansados depois de tantos anos trabalhando e preferem salas "tranquilas". Por fim, sobre a Semana Cultural. Nesta sexta uma das chapas que está concorrendo para a APP foi até à escola, durante o intervalo dos professores, para discutir as propostas. Um momento para avaliar como estão as relações políticas do sindicato e entre os sindicatos, tendo em vista que esta chapa é a favor da gestão atual. Tirando a tensão causada pelos embates professores x chapa (em questões como: APP-CUT, saúde, sindicato x associação), aproveitamos para conversar com um Prof.º de Sociologia da chapa. Ele nos informou bastante sobre os ciganos, tema que estamos tendo dificuldade em encontrar especialistas, ou mesmo casas/áreas ocupadas pelos mesmos, a fim de subsidiarmos as atividades do grupo da Gincana Cultural encarregado de abordar essa cultura e grupo. A "cultura cigana" (é até difícil denominar dessa maneira) certamente será um ponto importante deste trabalho na Gincana! Dos poucos relatos que já obtivemos, é um caso de “liminaridade” não apenas em relação aos locais que ocupam, mas também em relação à sua relação com a "sociedade moderna", já que enquanto grupo não possuem uma nação e nem pertencem a uma etnia. Bruno Ueno/ PIBID |
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Ultrapassando as Barreiras do Estranhamento
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