Tomando como parâmetro norteador todo o
conjunto de diferentes abordagens que o projeto PIBID nos proporciona e regido
por profissionais realmente comprometidos com a questão da licenciatura e da
pesquisa, não há de se negar o quão importante é essa atuação antecipada no
cotidiano do processo escolar, uma vez que é a partir desse contato direto e
indireto com os atores envolvidos na dinâmica da convivência escolar (professores,
alunos e funcionários do Colégio de Aplicação da UEL), que passamos realmente a
vivenciar na prática os diferentes métodos de se lidar com o complexo leque de
conceitos que vivenciamos e adquirimos no mundo acadêmico. Pois, nos coloca
frente a frente com as reais dificuldades e superações presentes nas diversas
relações estabelecidas nesse cotidiano escolar.
É por meio deste contato que podemos aproximar ao máximo o conceito e o
seu significado amparados pelos raciocínios antropológicos e sociológicos, tentando
dar conta do universo das relações sociais presentes no espaço de sociabilidade
escolar e no nosso cotidiano social.
Também há de se ressaltar que é
dentro dessa troca de experiências que todos os segmentos da comunidade escolar
saem ganhando, professores, alunos, bolsistas do PIBID e funcionários. Um
exemplo foi a abordagem que o grupo do PIBID realizou se integrando às
atividades culturais do Colégio de Aplicação, contribuindo com o
desenvolvimento do saber, por meio de trabalhos e oficinas dentro e fora das
salas de aula, sob a supervisão da professora Edna.
Se o ensino tem que fazer
sentido, para assim despertar o prazer naquele que busca o conhecimento, como
afirmou o francês Bernard Charlot, em uma entrevista cedida para a revista
Educação e Pesquisa, junho de 2009, o ato de ensinar/educar deve seguir a mesma
lógica. Pois, se não houver sentido para nós o ato de ensinar/educar, com que
prazer podemos exercer nossas contribuições dentro desse sensível processo?
Dizer simplesmente que é frustrante, que é difícil, que é perda de tempo
lutar por uma educação de qualidade e pela melhoria da educação do setor
público no Brasil, só isso não basta para a solução do problema e tão pouco nos
conforta. Antes, é preciso que nos
posicionemos frente às questões, que passemos a dar prioridades não somente aos
problemas estampados no nosso campo de visão, mas sim, às práticas que
possibilitem a superação da desigualdade que assola o sistema educacional
brasileiro.
Assim, na minha visão, o projeto e acima de tudo este curto, porém
produtivo caminho já percorrido pelo PIBID significa todo esse conjunto de
possibilidades e oportunidades que realmente estamos tendo ao vivenciarmos tudo
isto e muito mais, a oportunidade de podermos ampliar o nosso campo de
conhecimento acerca de determinadas questões e de selar de uma vez por todas o
nosso compromisso enquanto futuros professores pesquisadores e, acima de tudo,
profissionais realmente preocupados e cientes de como é séria a problemática
que nos espera pela frente.
Portanto, diante dessas primeiras experiências vivenciadas por mim
dentro da equipe do PIBID, os resultados disso tudo não têm sido outro
senão o de me mostrar ainda mais o verdadeiro sentido do universo escolar,
despertando e ampliando em mim o mais verdadeiro e sincero prazer e interesse
pela questão da licenciatura, da pesquisa e formação do professor/educador.
Samuel de
Oliveira Rodrigues/PIBID
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