terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PIBID: DA TEORIA A PRÁTICA.


      Tomando como parâmetro norteador todo o conjunto de diferentes abordagens que o projeto PIBID nos proporciona e regido por profissionais realmente comprometidos com a questão da licenciatura e da pesquisa, não há de se negar o quão importante é essa atuação antecipada no cotidiano do processo escolar, uma vez que é a partir desse contato direto e indireto com os atores envolvidos na dinâmica da convivência escolar (professores, alunos e funcionários do Colégio de Aplicação da UEL), que passamos realmente a vivenciar na prática os diferentes métodos de se lidar com o complexo leque de conceitos que vivenciamos e adquirimos no mundo acadêmico. Pois, nos coloca frente a frente com as reais dificuldades e superações presentes nas diversas relações estabelecidas nesse cotidiano escolar.

É por meio deste contato que podemos aproximar ao máximo o conceito e o seu significado amparados pelos raciocínios antropológicos e sociológicos, tentando dar conta do universo das relações sociais presentes no espaço de sociabilidade escolar e no nosso cotidiano social.

 Também há de se ressaltar que é dentro dessa troca de experiências que todos os segmentos da comunidade escolar saem ganhando, professores, alunos, bolsistas do PIBID e funcionários. Um exemplo foi a abordagem que o grupo do PIBID realizou se integrando às atividades culturais do Colégio de Aplicação, contribuindo com o desenvolvimento do saber, por meio de trabalhos e oficinas dentro e fora das salas de aula, sob a supervisão da professora Edna.

 Se o ensino tem que fazer sentido, para assim despertar o prazer naquele que busca o conhecimento, como afirmou o francês Bernard Charlot, em uma entrevista cedida para a revista Educação e Pesquisa, junho de 2009, o ato de ensinar/educar deve seguir a mesma lógica. Pois, se não houver sentido para nós o ato de ensinar/educar, com que prazer podemos exercer nossas contribuições dentro desse sensível processo?

Dizer simplesmente que é frustrante, que é difícil, que é perda de tempo lutar por uma educação de qualidade e pela melhoria da educação do setor público no Brasil, só isso não basta para a solução do problema e tão pouco nos conforta.  Antes, é preciso que nos posicionemos frente às questões, que passemos a dar prioridades não somente aos problemas estampados no nosso campo de visão, mas sim, às práticas que possibilitem a superação da desigualdade que assola o sistema educacional brasileiro.

Assim, na minha visão, o projeto e acima de tudo este curto, porém produtivo caminho já percorrido pelo PIBID significa todo esse conjunto de possibilidades e oportunidades que realmente estamos tendo ao vivenciarmos tudo isto e muito mais, a oportunidade de podermos ampliar o nosso campo de conhecimento acerca de determinadas questões e de selar de uma vez por todas o nosso compromisso enquanto futuros professores pesquisadores e, acima de tudo, profissionais realmente preocupados e cientes de como é séria a problemática que nos espera pela frente.

Portanto, diante dessas primeiras experiências vivenciadas por mim dentro da equipe do PIBID, os resultados disso tudo não têm sido outro senão o de me mostrar ainda mais o verdadeiro sentido do universo escolar, despertando e ampliando em mim o mais verdadeiro e sincero prazer e interesse pela questão da licenciatura, da pesquisa e formação do professor/educador.



Samuel de Oliveira Rodrigues/PIBID


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