quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Minhas observações sobre o estágio do PIBID



            O estágio com os alunos tem sido fundamental para a compreensão deste “microcosmo” que é a escola, porque o ambiente escolar é um pequeno mundo dentro da sociedade na qual vivemos.

            Não dá para falar que uma aula é apenas uma relação na qual o professor “passa” o conteúdo teórico aos alunos, e que estes são os “receptores” desse conhecimento. Existe muito mais, pois são estabelecidas relações sociais entre: professores, alunos, funcionários e as famílias de todos.

            Como estagiária procuro ser uma “esponja” para absorver tudo o que se passa ao meu redor, e desde o primeiro dia percebi como essa relação professor/aluno é próxima. Com certeza não é possível manter apenas uma “relação profissional” com eles, porque as relações são de troca, e são muitas as adaptações necessárias na transmissão dos conteúdos. Cada sala de aula tem uma dinâmica própria, assim a diversificação na maneira da transmissão dos conhecimentos é primordial.

            Na medida do possível essa relação é pautada pelo respeito mútuo, mas é claro que existem as exceções, alunos - como todos os adolescentes - estão com as “emoções à flor da pele” e os “hormônios em ebulição” e procuram testar os limites para as suas atitudes. Mas, eles não fazem isso apenas com respostas rudes, muitas vezes é através de piadinhas com os colegas, ou ainda cantando alguma música “da moda” que contém uma letra provocativa.

            Particularmente, a primeira vez eu fui chamada de “professora” me pegou de surpresa, olhei para os lados para ver se havia alguma por perto, mas era para mim, alguém me chamou de professora. Senti uma espécie de alegria interna, é claro que eu me contive e respondi a questão da melhor maneira que eu pude. Sinto que guardarei essa sensação para sempre.

            Fiquei pensando porque esse fato me afetou tanto (de um modo positivo), e cheguei a conclusão de que é porque eu sempre respeitei muito os meus professores como sendo aquelas pessoas que sabiam mais do que eu. Penso que é muito importante o respeito e a preservação da memória (como sempre frisa a professora Ana Maria Chiarotti de Almeida) daqueles que nos ensinaram, e, continuam a fazê-lo, mesmo que já não estejam mais entre nós. Deste modo, sempre poderemos relembrar através de um livro, de uma fotografia, ou de alguma história passada oralmente, como determinada pessoa ou acontecimento foi, ou ainda é importante.

            A mensagem que está gravada na lateral do Colégio “revendo o passado, cuidando do presente, e construindo o futuro”, também me faz refletir sobre o meu passado como aluna, o meu presente como estagiária e o meu futuro como professora. Todavia, eu tenho a firme convicção, de que não tem importância em qual estágio da vida profissional eu esteja – aluna sempre serei – pois, sempre temos algo para aprender.

O PIBID está sendo fundamental neste processo de capacitação profissional, porque como disse o professor Magnani é preciso estar “de perto e de dentro” para compreender a amplitude, a seriedade, e, principalmente o respeito exigidos para que se possa cumprir bem o papel de professor.

 Afinal, a educação mesmo não sendo a única fonte responsável pela transmissão de conhecimento e formação dos alunos pode ajudar a transformar as pessoas em indivíduos críticos e transformadores da realidade.

Simone/PIBID

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