O estágio com os alunos tem sido
fundamental para a compreensão deste “microcosmo” que é a escola, porque o
ambiente escolar é um pequeno mundo dentro da sociedade na qual vivemos.
Não dá para falar que uma aula é
apenas uma relação na qual o professor “passa” o conteúdo teórico aos alunos, e
que estes são os “receptores” desse conhecimento. Existe muito mais, pois são
estabelecidas relações sociais entre: professores, alunos, funcionários e as
famílias de todos.
Como estagiária procuro ser uma
“esponja” para absorver tudo o que se passa ao meu redor, e desde o primeiro
dia percebi como essa relação professor/aluno é próxima. Com certeza não é
possível manter apenas uma “relação profissional” com eles, porque as relações
são de troca, e são muitas as adaptações necessárias na transmissão dos
conteúdos. Cada sala de aula tem uma dinâmica própria, assim a diversificação
na maneira da transmissão dos conhecimentos é primordial.
Na medida
do possível essa relação é pautada pelo respeito mútuo, mas é claro que existem
as exceções, alunos - como todos os adolescentes - estão com as “emoções à flor
da pele” e os “hormônios em ebulição” e procuram testar os limites para as suas
atitudes. Mas, eles não fazem isso apenas com respostas rudes, muitas vezes é
através de piadinhas com os colegas, ou ainda cantando alguma música “da moda”
que contém uma letra provocativa.
Particularmente,
a primeira vez eu fui chamada de “professora” me pegou de surpresa, olhei para
os lados para ver se havia alguma por perto, mas era para mim, alguém me chamou
de professora. Senti uma espécie de alegria interna, é claro que eu me contive
e respondi a questão da melhor maneira que eu pude. Sinto que guardarei essa sensação
para sempre.
Fiquei
pensando porque esse fato me afetou tanto (de um modo positivo), e cheguei a
conclusão de que é porque eu sempre respeitei muito os meus professores como sendo
aquelas pessoas que sabiam mais do que eu. Penso que é muito importante o
respeito e a preservação da memória (como sempre frisa a professora Ana Maria
Chiarotti de Almeida) daqueles que nos ensinaram, e, continuam a fazê-lo, mesmo
que já não estejam mais entre nós. Deste modo, sempre poderemos relembrar
através de um livro, de uma fotografia, ou de alguma história passada oralmente,
como determinada pessoa ou acontecimento foi, ou ainda é importante.
A
mensagem que está gravada na lateral do Colégio “revendo o passado, cuidando do presente, e construindo o futuro”, também
me faz refletir sobre o meu passado como aluna, o meu presente como estagiária
e o meu futuro como professora. Todavia, eu tenho a firme convicção, de que não
tem importância em qual estágio da vida profissional eu esteja – aluna sempre
serei – pois, sempre temos algo para aprender.
O PIBID está sendo fundamental neste processo
de capacitação profissional, porque como disse o professor Magnani é preciso
estar “de perto e de dentro” para compreender a amplitude, a seriedade, e, principalmente
o respeito exigidos para que se possa cumprir bem o papel de professor.
Afinal,
a educação mesmo não sendo a única fonte responsável pela transmissão de
conhecimento e formação dos alunos pode ajudar a transformar as pessoas em
indivíduos críticos e transformadores da realidade.
Simone/PIBID
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