segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Algumas reflexões sobre ser pibidiana


Não posso chamar esse relato de primeiras impressões sobre o estágio no PIBID, pois já se passaram quase seis meses de experiência como pibidiana e também da minha inserção em sala de aula através do estágio obrigatório do curso. Ao me inserir no colégio como estagiária tanto do programa quanto do curso senti que minha presença causava certo estranhamento, pois havia dias que eu iria ficar dentro da sala de aula e outros em que permanecia na sala dos professores ou em outras dependências do colégio, as pessoas não sabiam ao certo o que eu estava fazendo ali, nem mesmo eu, na realidade.
  Ao participar da semana cultural, sendo apresentada pela professora Vani como parte da comissão organizadora, senti que meu ‘papel’ ali estava mais definido, pudemos colaborar em ação direta com os alunos e alunas e ter um contato mais informal com alguns professores e professoras. Ao fotografar os eventos, a relação era ao mesmo tempo de proximidade e de afastamento, pois eu estava dentro dos acontecimentos a toda hora, porém meu olhar era sempre intermediado pela câmera que captava as imagens. As pessoas me viam ali, sempre por perto, sempre observando, mas não se criava uma interação propriamente dita.
     Entrar em sala de aula e observar o comportamento da sala me faz pensar como seria a minha conduta tendo que lidar com todos os acontecimentos- que são muitos - em cada aula, dia após dia. Mas há também a gratificação quando se vê como muitos levam o conhecimento para a vida, pensam que sim, a sociologia faz diferença na vida deles. E pensar como o PIBID e a aproximação que propicia a nós pibidianas e pibidianos podem fazer ainda mais diferença me faz ter a motivação necessária para nossas atividades.


Denise Akemi Nishi/PIBID