Não
posso chamar esse relato de primeiras impressões sobre o estágio no PIBID, pois
já se passaram quase seis meses de experiência como pibidiana e também da minha
inserção em sala de aula através do estágio obrigatório do curso. Ao me inserir
no colégio como estagiária tanto do programa quanto do curso senti que minha
presença causava certo estranhamento, pois havia dias que eu iria ficar dentro
da sala de aula e outros em que permanecia na sala dos professores ou em outras
dependências do colégio, as pessoas não sabiam ao certo o que eu estava fazendo
ali, nem mesmo eu, na realidade.
Ao participar da semana cultural, sendo apresentada pela
professora Vani como parte da comissão organizadora, senti que meu ‘papel’ ali
estava mais definido, pudemos colaborar em ação direta com os alunos e alunas e
ter um contato mais informal com alguns professores e professoras. Ao
fotografar os eventos, a relação era ao mesmo tempo de proximidade e de
afastamento, pois eu estava dentro dos acontecimentos a toda hora, porém meu
olhar era sempre intermediado pela câmera que captava as imagens. As pessoas me
viam ali, sempre por perto, sempre observando, mas não se criava uma interação
propriamente dita.
Entrar em sala de aula e observar o comportamento da sala
me faz pensar como seria a minha conduta tendo que lidar com todos os
acontecimentos- que são muitos - em cada aula, dia após dia. Mas há também a
gratificação quando se vê como muitos levam o conhecimento para a vida, pensam
que sim, a sociologia faz diferença na vida deles. E pensar como o PIBID e a
aproximação que propicia a nós pibidianas e pibidianos podem fazer ainda mais
diferença me faz ter a motivação necessária para nossas atividades.
Denise Akemi Nishi/PIBID